SONORA BRASIL “Violas Brasileiras” no SESC Jequié


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A viola na região Sudeste se consagrou com as denominações caipira e sertaneja, a primeira relacionada às práticas mais tradicionais do meio rural, e a segunda mais associada ao repertório desenvolvido em meio urbano. Levi Ramiro e Paulo Freire, representantes do estado de São Paulo, vão apresentar repertório que trata desde exemplos mais remotos até músicas de compositores da atualidade, compondo um panorama do desenvolvimento na região. Charles Meira.

Edvaldo Brito é empossado presidente do PSD Salvador


Edvaldo Brito e Otto Alencar posseCom o auditório do Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador lotado, o vereador Edvaldo Brito foi empossado, nesta noite (27), ao cargo de presidente do Partido Social Democrático (PSD) em Salvador. Brito foi convidado pelo líder estadual do PSD, o senador Otto Alencar, para comandar os trabalhos da legenda no município. Na cerimônia, também foi nomeada a nova comissão provisória da executiva municipal. Em seu pronunciamento, Otto Alencar destacou a experiência política de Edvaldo Brito como requisito para assumir esta responsabilidade na capital. “´Vereador eleito e ex-prefeito, Edvaldo conhece bem Salvador. Ele tem todas as condições de ampliar o nosso trabalho, coordenando as nossas bases e estimulando o PSD Mulher”. Por sua vez, Edvaldo Brito comentou sobre a posse: “O PSD é um dos maiores partidos da Bahia e do país, e que me acolheu muito bem. Portanto, é uma honra assumir a sigla em Salvador, sob a liderança do meu grande amigo Otto Alencar. Juntamente com a executiva municipal e o meu filho, o deputado federal Antonio Brito, vamos fortalecer o projeto do PSD para a Bahia crescer”, celebrou. A solenidade contou com a presença de vereadores e deputados, filiados do partido, simpatizantes e diversas lideranças de todo o Estado.Publico posse Edvaldo Brito

Vereador “Bafafá” é flagrado em uma suposta compra de votos


Tem circulado nas redes sociais um vídeo mostrando uma suposta negociação de compra de votos de dois eleitores ao vereador José Carlos Dias Orrico, “Bafafá”, candidato que concorreu a reeleição em Jitaúna. O vídeo mostra o vereador dentro de um carro sendo abordado por dois homens não conhecidos negociando os votos. No finalzinho do vídeo, após o eleitor receber a quantia, ele diz ao vereador que não sabe em quem vai votar e se retira da presença do edil. O vereador Bafafá do PDT foi entrevistado na tarde de sexta-feira (21), na emissora Jitaúna FM (104,9) pelo apresentador Neilton Brito mais não falou do assunto. No pleito de 02 de outubro Bafafá foi eleito com 706 votos e assume a vaga pela sétima vez na câmara de vereadores de Jitaúna. Jitaúna em Dia.

 

Campeões das equiprovas na ExpoIpiaú


PORTALcnoticias-3a26f3d8b1Os melhores cavalos e cavaleiros da Bahia participação das Equiprovas nos dias 22 e 23 de outubro durante a ExpoIpiaú 2016. O público vibrou com as emoções das provas de 3 tambores, 6 balizas e 5 tambores. No sábado (22) aconteceu as provas cronometradas para a classificação geral e no domingo as disputas eliminatórias para definir os campeões das categorias mirim e feminino, iniciante e amador. O cavaleiro mirim Salatiel da cidade de Itagibá, sagrou-se campeão da sua categoria; na categoria para cavalos iniciantes o título ficou com a amazonas Daiane, da cidade de Porto Seguro, montado o cavalo Apolo e na categoria amador o triunfo ficou com o Zé Veneno montando na égua vitória. As equiprovas foram organizadas pela Associação Grapiuna do Rodeio Completo, que tem como presidente Tiago Peão. A Empresa Rancho Leilões e o Sindicato Rural de Ipiaú estão de parabéns pealo sucesso e organização da ExpoIpiaú 2016.

Veja como votaram deputados da Bahia na PEC; Lázaro surpreende e vota contra


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Irmão Lázaro foi a surpresa da bancada. Foto: Gilberto Jr.

A PEC do Teto foi aprovada hoje no Congresso em segundo turno também com a maioria dos votos da bancada baiana. As surpresas foram o voto contrário de Irmão Lázaro e a abstenção de Bebeto, do PSB, partido que permanece dividido em relação ao governo Michel Temer (PMDB). PR, PSD e PP, partidos da base do governador Rui Costa (PT) na Bahia, também votaram em peso na proposta com que Temer acredita que começará a tirar o país do buraco em que a petista Dilma Rousseff (PT) o jogou, como já haviam feito no primeiro turno. Os deputados Nelson Pelegrino (PT) e Cláudio Cajado (DEM) não compareceram para votar. Abaixo, confira o voto dos baianos:

A favor

Antonio Brito (PTB)
Antonio Imbassahy (PSDB)
Arthur Maia (SD)
Benito Gama (PTB)
Cacá Leão (PP)
Elmar Nascimento (DEM)
Erivelton Santana
Fernando Torres
João Carlos Bacelar (PR)
João Gualberto (PSDB)
José Carlos Araújo (PR)
José Carlos Aleluia (DEM)
José Nunes
José Rocha (PR)
Jutahy Magalhães Jr. (PSDB)
Lúcio Vieira Lima (PMDB)
Márcio Marinho (PRB)
Mário Negromonte Jr. (PP)
Paulo Azi (DEM)
Paulo Magalhães
Roberto Brito (PP)
Ronaldo Carletto (PP)
Sérgio Brito
Tia Eron (PRB)
Uldurico Jr.

Contra

Afonso Florence (PT)
Alice Portugal (PCdoB)
Bacelar (PTN)
Caetano (PT)
Daniel Almeida (PCdoB)
Félix Mendonça Jr. (PDT)
Irmão Lázaro
Jorge Solla (PT)
Moema Gramacho (PT)

Políticos baianos marcam presença em Brasília em movimento a favor da vaquejada


002-100Políticos da Bahia, como o senador Otto Alencar (PSD), o deputado estadual Eduardo Salles (PP) e o federal Daniel Almeida (PCdoB),  marcaram presença na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, nesta terça-feira (25/10), durante o movimento a favor da regulamentação da vaquejada. A mobilização acontece contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou inconstitucional a prática do esporte no país. Em sua página oficial do Facebook, o senador afirma que é preciso ”trabalhar em várias frentes para impedir que acabem com a vaquejada”. ”Com fé em Deus e a força do povo e do vaqueiro a vaquejada não vai acabar. Estive pela manhã na grande manifestação em defesa da vaquejada que acontece, em Brasília. Reforcei as ações que estamos tomando, entre elas, a apresentação de uma proposta de emenda à constituição, a PEC 50/2016”, diz Otto. O deputado Eduardo Salles também reforçou o movimento e frisou que  a vaquejada e o bem-estar animal podem andar juntos. Marcos Frahm.

100 anos da entrevista da cangaceira Anésia Cauaçu ao Jornal A TARDE


 

noticias-e6528ed6e4Há exatos 100 anos, dia 25 de outubro de 1916, coincidentemente data do aniversário de Emancipação Política de Jequié, o Jornal A TARDE trazia como manchete  JEQUIÉ, Cauassus, Marcionílio e Zezinho dos Laços.  A empreitada dos crimes. Narrativa de uma Cauassu ao nosso repórter, com uma fotoda cangaceira Anésia Cauaçu ao lado de uma criança. Na primeira página e nas páginas internasdo jornal, Anésia narra a trajetória da família Cauaçu cuja grafia da época  se escrevia Cauassu, dando conta  de que seus familiares eram simples agricultores e comerciantes e que se tornaram cangaceiros por conta de uma vingança.

Em Itl1atardeuaçu, antigo Brejo Grande, na Chapada Diamantina, duas famílias disputavam o poder local: os Silvas, chamados de “rabudos”, e os Gondins, denominados de “mocós”. O major Zezinho dos Laços (um dos líderes dos “rabudos”)  exige que Augusto Cauaçu acompanhe seu grupo  de jagunços em uma emboscada contra a família Gondim. Por conta da recusa de Augusto, este é assassinado a mando de Zezinho dos Laços. Então,  a família Cauaçu se reúne e resolve vingar a morte, assassinando Zezinho dos Laços seis anos depois em uma tocaia na Fazenda Rochedo. Chefes dos “rabudos”, a exemplo do coronel Marcionílio de Souzae de Casseano do Areão passam a perseguir e matar membros da família Cauaçu e de seus aliados, comandados por Anésia e seu irmão José Cauaçu. Pressionado pelos coronéis, o então governador da Bahia, Antônio Muniz, denomina o movimento armado dos Cauaçus de “conflagração sertaneja” e envia para Jequié mais de 240 soldados em três expedições da polícia militar da Bahia, com participação inclusive de oficiaisque combateram na Guerra de Canudos, a exemplo do tenente-coronel  Paulo Bispo. Ocorreentão a Guerra do Sertão de  Jequié, conflito  envolvendo os cangaceiros Cauaçus,  policiais militares e jagunços dos coronéis. A força policial pratica uma sériede atos  violentos não só contra os cangaceiros, mas também contra a população inocente de Jequié e região. O alferes Francisco Gomes – Pisa Macio obrigaumhomem a  comer lama no povoado do Baixão, crucifica outro nas margens doRio das Contas e  lança crianças para o ar,que são amparadas com a ponta das baionetas e levava suspeitos para um pequeno morro no Curral Novo onde eram sangrados com requintes  de perversidade. O local ficou conhecido como Morrinho da Matança.

 Ogenocídio é denunciado pelo Jornal  A TARDE, que envia um repórter para fazer a cobertura das expedições policiais em Jequié e  na ocasião entrevista Anésia Cauçu, dando destaque a  sua narrativa a respeito da história do bando e do histórico conflito daquele ano de 1916.

Anésia Cauaçu foi uma mulher que esteve à frente do seu tempo. Foi   a primeira mulher nordestina a  ingressar no cangaço, uma vez que em 1911, ano  do nascimento de  Maria Bonita, Anésia já   lidera  um bando de  mais de 100  bandoleiros. Ela tambémfoi a primeira no sertão de Jequié  a  praticar   montaria  de frente, já que as mulheres de sua época  montavam de lado em uma sela   denominada silhão, e a pioneira  das terras jequieenses a  vestir calças compridas (as mulheres do período em ela viveu  apenas usavam vestidos e saias), para  facilitar o combate em cima do cavalo. O historiador Emerson Pinto de Araújo, que registoua história  da cangaceira assim a descreve: “era uma mulher branca, de olhos azuis, bons dentes, alta e delgada, que tomava suas pingas, sem que ninguém ousasse faltar-lhe com respeito. Numa época em que não existiam academias de defesa pessoal, ela tinha ginga de corpo, conhecia- ninguém sabe com quem aprendeu –  os ´rabos-de-arraia da capoeira, batendo forte nas fuças  de muitos valentões  que tentavam avançar o sinal. Manejando armas de fogo com uma pontaria invejável, jogava pra escateioos melhores atiradores. Certa feita, bafejada pelo acaso, numa distância de trezentos metros, cortou o dedo do sargento Etelvino, quando este indicava aos seus comandados a direção em que deveria atacar”.  Com base na memória coletiva de tradição oral, em documentos escritos e no meu imaginário, escrevi um romance históricoque tem como protagonista Anésia Cauaçu. Inspirado neste texto ficcional, o poeta e cordelista José Walter Pires produziu um livro de cordel e o compositor e cantor Jonas Carvalho compôs uma músicasobre a saga de Anésia Cauaçu.  Diversos estudos acadêmicos foram e estão sendo desenvolvidos sobre essa guerreira do sertão de Jequié. A entrevista publicada em 25 de outubro de 1916 e as matérias publicadas pelo Jornal A TARDE há100 anos  sobre os conflitos na região de Jequié constituem relevantes documentos da história  do coronelismo e do cangaço na Bahia.

Por Domingos Ailton

Fazenda Rochedo “A Tocaia”, local em que emboscaram e mataram José Marques da Silva (Zezinho dos Laços)


Casa atual da Fazenda Rochedo
Rose, Adalício Meira, Charles Meira e Raimundo Barros (Toquinho) na atual casa da “Fazenda Rochedo”

No dia cinco de setembro, chegamos às 09h30 na Fazenda Lagoa da Pimenta, situada na região do Isidoro no município de Manoel Vitorino, propriedade do nosso parente Adalício Meira. Viagem que há muito tempo estava programada por mim e Domingos Ailton, que não pôde ir devido a compromissos particulares, mas nunca dava certo. Entretanto, o desejo de conhecer o local em que emboscaram e mataram o meu bisavô José Marques da Silva (Zezinho dos Laços), foi decisivo para não desistir desta idéia.

            Há dois meses, o meu amigo e parente Raimundo Barros (Toquinho), se prontificou em fazer a viagem no seu carro. A gasolina conseguiu com Euclides Fernandes, outro grande amigo.

            Depois de tomar um cafezinho com os parentes, seguimos,  Toquinho, Rose, Maria Meira, Ademário, Adalício e eu para a Fazenda Rochedo. A sede atual fica localizada entre vários rochedos, daí o nome de registro da propriedade. A casa foi edificada no terreiro da sede antiga, que era de propriedade de Cândido Meira, meu bisavô. Sem precisar as datas, foram também proprietários da fazenda: Osvaldo Barros, Antonio Bastos Meira, Germínio Correia, Valdomiro e o atual Flodoaldo Lisboa. O senhor Antonio Meira contratou os serviços de Vadinho Meira para edificar a casa. O pagamento foi feito com uma bela novilha, um presente de parente. Os 700 hectares são cercados pelas serras do Caixão, do Pereira e do Lajedo Preto. Seguimos primeiro para o local que foi denominado de Tocaia após a morte de Zezinho dos Laços, o qual fica a aproximadamente 1 km da fazenda. Utilizamos uma estrada nova feita pelo atual proprietário para chegar ao destino, pois a velha desapareceu com o tempo. Em determinado local, a estrada não dá prosseguimento devido ao terreno ser bastante rochoso, com isso as máquinas não conseguiram terminar o serviço. Prosseguimos andando para a Tocaia, mas com muita dificuldade por causa do mato que cresceu e acabou escondendo a estrada antigamente existente. Chegando ao exato local da emboscada, deu-se para perceber que os assassinos escolheram um local estratégico para realizarem o intento. A estrada é margeada por uma valeta que antigamente era um riacho que também se chamava Tocaia. O local do crime é um vale, onde existem várias árvores e pedras grandes que certamente foram utilizadas para esconder os cauaçús e seus jagunços. Antes de chegar ao vale existe uma ladeira mais alta que vai dar no antigo riacho. Após o mesmo, a elevação é menor o que obviamente facilitou a visão dos homens. Tiramos fotos de toda  a região e depois fomos para a Fazenda Rochedo.

                Na sede atual, verificamos que a casa está abandonada e sem o devido cuidado, necessitando de uma reforma geral. A casa tem um peitoril, vários quartos, sala, cozinha e um sótão. Nos fundos ainda existem alicerces da sede antiga. Quando estávamos conhecendo o interior da casa, Adalício nos mostrou em um dos quartos um local que estava retocado de cimento. Ele nos contou de que a mulher do antigo dono, o senhor Valdomiro, no ano de 1995, em uma determinada noite, dispensou o seu empregado. No dia seguinte a mulher entregou a chave da casa para Lero e foi embora. Nunca mais retornou à localidade.  Quando Lero abriu a casa verificou que aquele quarto estava trancado. Ele teve que arrombar a porta, pois não tinha a chave. Para sua surpresa, Lero encontrou um buraco com uma fundura de aproximadamente 80 centímetros e várias velas derretidas junto do mesmo. O comentário dos moradores da redondeza é de que a mulher teria tirado um pote contendo um chocalho ou uma mão de pilão de ouro, por isso ela não poderia retornar ao local, assim agem as pessoas que acham estes tesouros enterrados, acreditam que fazendo o contrário perderia a riqueza (crenças populares).

            Foi uma manhã muito especial na minha vida. Falei para Adalício  que agora eu já poderia morrer, pois tinha realizado o desejo de conhecer a Fazenda Rochedo e o local que emboscaram Zezinho dos Laços.

            Depois de comermos um gostoso carneiro cozido e frito, sobremesa de doce de leite e um prolongado bate-papo retornaram para Jequié.

Por Charles Meira