Cremos que o homem foi criado por determinação e atuação divina (Gn 1:26-27), e que a maneira simplista da Bíblia relatar esta criação deve-se ao fato de que até hoje não existe mente humana com entendimento suficiente para suportar uma explicação física, química, matemática e científica. Além do mais, o propósito de Deus ao inspirar o relato da criação foi mostrar o Criador e não dar lições de ciências exatas e humanas. Cremos que todo homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, tendo recebido poder para dominar a natureza e influir nela, sendo-lhe delegada liberdade, orientação e responsabilidade (Gn 1:28-30; 2:15-17).
Cremos que todo homem possui natureza moral refletida na sua consciência, sabendo distinguir por si só entre o bem e o mal, entre o amor e o ódio. Cremos que o homem, livre para escolher entre a obediência a Deus e a desobediência, tentado pelo mal, tomou a decisão errada e deu entrada do pecado em seu coração, perdendo a sua pureza o original, com todas as terríveis conseqüências desse novo estado.
Cremos que pecado é a insubordinação, desobediência, indisciplina à vontade de Deus, que está declarada tanto na Bíblia como na consciência do homem (I Jo 3:4; Mt 5:21-32). Pecado é não atingir o padrão divino (Lc 15:18,21; Rm 3:23), é ofensa a Deus (Ef 2), é deixar de amar o semelhante (Mt 5:38-48; I Jo 3:15; 4:8; Rm 13:9), é deixar de respeitar a personalidade e o direito alheio (Gn 4:5; II Sm 11), é a auto-suficiência (Ml 4:1; Lc 1:51; Tg 4:6; I Jo 2:16), é o orgulho egocêntrico de quem se julga capaz de conduzir sua própria vida, repugnando a interferência de Deus.
Cremos que o pecado contamina todos os aspectos da vida do homem e que a sua influência altera tudo o que ele pensa, diz e pratica. Cremos que o pecado coloca o homem diante de Deus na mesma condição que o criminoso está para a justiça do país (Rm 3:19; Tg 2:10).
Por isso, cremos que o pecado faz separação entre o homem e o seu Deus (Gn 3; Is 59:2; Lc 5:8; I Jo 2:28), e que como salário do pecado é a morte, o homem pecador está morto espiritualmente (Rm 5:12,21; 6:23) e que a exclusão definitiva e eterna do pecador da presença de Deus é a segunda morte (Mt 25:41; II Ts 1:9; Ap 20:11-15).
Cremos que o pecado escraviza o homem através de uma força maléfica que o imobiliza, tornando-o cada vez mais incapaz de praticar o bem (Rm 7:18-20). Cremos que por seu mérito, obras e esforço próprio, nenhum homem pode apagar os seus pecados e recuperar a pureza perdida, que é indispensável para a sua salvação. Cremos que Deus sempre se preocupou com a redenção do homem, tendo já no Antigo Testamento colocando o seguinte meio para o perdão do pecado: “É o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17:11). Para isto, usava-se um cordeiro ‘sem mancha e sem defeito’, simbolizando a inocência e pureza, que era sacrificado em favor do pecador.
Tal sacrifício, porém, era insuficiente, pois a cada novo pecado cometido pelo homem, exigia-se o sacrifício de um novo cordeiro.
Cremos que o cordeiro tomava o lugar do pecador somente no derramamento de sangue, mas não tomava o seu lugar como ser humano, estando, aí, o seu sacrifício incompleto.
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